terça-feira, 2 de outubro de 2012

Os principais produtos agrícolas do Brasil

  • Café
Quando o café chegou ao Brasil era considerado como uma planta ornamental.
Em 1860 o café tornou-se definitivamente importante na economia brasileira, ao chegar à região de Campinas, no Estado de São Paulo.
A partir deste fato, o café encontrou condições físicas favoráveis para o seu desenvolvimento, tais como: solo fértil, clima tropical de altitude, planalto ondulado.
Rapidamente, o café atingiu lotes a oeste do Estado, e posteriormente ocupou o Norte do PR, Sul de Minas e MS. O Brasil é considerado o maior produtor mundial de café.
 


  •  Cacau
O cacau é um produto que nasceu no Brasil, sendo cultivado primeiramente na Amazônia e atingindo o sul da Bahia, onde encontrou condições favoráveis para o seu desenvolviemento, como clima quente e superúmido, solo espesso e fértil.
Atualmente, a Bahia tem o cacau como o seu principal produto agrícola, sendo o maior Estado produtor de cacau do país.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de cacau, exportando principalmente para a Argentina, Estados Unidos, Europa e Japão.


  • Cana-de-açúcar
A cana-de-açúcar chegou ao Brasil no século XVI através dos portugueses. Inicialmente, este produto era cultivado principalmente na Zona da Mata Nordestina e no Recôncavo Baiano.
A cana-de-açúcar representa um importante produto na economia do Brasil.
Em 1930, o cultivo de cana-de-açúcar atingiu o Estado de São Paulo, que logo tornou-se o maior produtor brasileiro de cana.
O Brasil é considerado o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, exportando principalmente para os Estados Unidos, Europa e Rússia.
 
 
  • Soja 
A soja é um produto recente no Brasil, e nas últimas décadas tem se tornado importante na produção agrícola brasileira, e nas exportações.
No Brasil, as regiões Sul e Sudeste são as principais produtoras de soja, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor brasileiro.
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, o primeiro é os Estados Unidos.


  • Milho
O milho é um produto que nasceu na América, e é muito conhecido no mundo todo. No Brasil, a sua cultura está presente em todos os Estados, sendo o Paraná o principal produtor de milho.
Mundialmente, os Estados Unidos é o maior produtor de milho, seguido da China e do Brasil.
 
 
  • Trigo
É o produto alimentício mais importado pelo Brasil. Em 1993 foram 5,0 milhões de toneladas de trigo importado para o Brasil, pois o consumo interno foi de 7,2 milhões de toneladas e a produção interna foi de 2,3 milhões de toneladas.
No Brasil, o maior produtor de trigo é o Estado do Paraná, seguido do Rio Grande do Sul.
 
 
  • Arroz
No Brasil encontramos a cultura de arroz em todos os estados, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor brasileiro, seguido de Minas Gerais e Goiás.
O Brasil é considerado um dos maiores produtores mundiais de arroz.
 
 
  • Algodão
No Brasil, o algodão começou a ser cultivado no período colonial.
O Brasil ocupa a 6ª colocação dos maiores produtores mundiais de algodão, sendo superado pela China, Rússia, EUA, Índia e Paquistão.


A agropecuária no Brasil

  A produção agropecuária é uma atividade desenvolvida no espaço rural, em áreas que se encontram ocupadas pelo setor primário da economia no qual se destacam a agricultura, a pecuária e as atividades extrativistas.Os tipos de produções citadas têm como finalidade principal atender o mercado de alimentos e de matéria-prima. O espaço rural é caracterizado pela tranquilidade, pela presença de cobertura vegetal original, de animais silvestres, entre outras.

Resumidamente, a produção no espaço rural é composta basicamente pela agropecuária, expressão usada para designar de forma agrupada a atividade pecuária e a agricultura.
  Há muito tempo a agropecuária desempenha um papel de grande importância no cenário da economia nacional, além disso, foi uma das primeiras atividades econômicas a serem desenvolvidas no país.

Outro ponto a ser destacado acerca da relevância que a agropecuária possui no Brasil é quanto à ocupação do território que teve início com a produção de cana-de-açúcar, posteriormente do café e, por fim, a pecuária, que conduziu o povoamento do interior do país.

A atividade agropecuária no Brasil representa 8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e gera emprego para pelo menos 10% da população economicamente ativa do país.

A produção agropecuária tem como objetivo destinar seus produtos, tais como grãos, frutas, verduras e também carne, leite, ovos dentre outros, para abastecer o mercado interno e especialmente o mercado externo. Sem contar as matérias-primas.



São vários os fatores que favoreceram o acelerado crescimento desse tipo de produção no Brasil, dentre os principais estão:

- Grande população com perspectivas de mercado interno, generosa oferta de áreas propícias ao desenvolvimento de tais atividades e o processo de modernização e mecanização da produção rural.

- Irregularidades da superfície favoráveis à ocupação rural e a boa fertilidade em grande parte do território.

- A configuração climática foi determinante para a consolidação de culturas tropicais e criação de animais, uma vez que as temperaturas são altas durante todo o ano em grande parte do território.

O Brasil, como produtor rural, ocupa o primeiro lugar no mundo em produção de café, cana-de-açúcar, laranja e bovinos, além de segundo e terceiro respectivamente na produção de soja (2º), milho (3º), suínos (3º) e equinos (3º).

As raízes da concentração fundiária do Brasil

  Historicamente, a estrutura fundiária no Brasil, desde o principio da colonização foi desigual. Primeiro foram as capitanias hereditárias e seus donatários; depois foram as sesmarias. As sesmarias estão na origem da grande maioria dos latifúndios do pais, fruto da herança colonial, eram grandes extensões de terras doadas aos colonos pelos donatários das capitanias e pelos governos gerais do Brasil-Colonia. Esse sistema, extinto em julho de 1822 deu origem à grande propriedade rural, beneficiando apenas uma minoria dos habitantes da colônia.

No inicio da colonização do Brasil, o governo português passava por uma crise econômica. Como não tinha dinheiro suficiente para colonizar o Brasil, o rei Dom João III dividiu as terras em capitanias hereditáias: grandes extensões de terras doadas à exploração hereditária com a perspectiva de defender o território e desenvolve-lo a custo e despesas por conta do donatários.
Quinze capitanias foram doadas a membros da corte, comerciantes ricos e outros.

A história econômica mostra que a organização do espaço brasileiro se fez, desde o inicio, pela apropriação privada da terra. No período colonial, ser proprietário de terras dependia de relações mantidas com a corte portuguesa. O Brasil Colônia foi construído pela conquista das terras indígenas e pelo investimento em engenhos e escravos.

Com a independência, e com o fim da escravidão os governantes do país abriram a possibilidade de legalizar, pela ?posse?, grandes extensões de terras. Em 1850, a Lei de Terras transformou a terra em mercadorias só obtida pela compra e pela venda.

Monopolizar um pedaço de terra dá ao proprietário uma série de direitos, como vender, alugar, plantar com o seu trabalho ou de terceiros, ou ainda deixar a terra improdutiva, esperando que o numero de pretendentes cresça e então possa cobrar.

A concentração fundiária e os conflitos no campo



A organização do espaço rural brasileiro se caracteriza pela diversidade social e econômica presente em vários aspectos, como a grande propriedade monocultora, a mecanização e a mão de obra disponível, além da concentração de terras e os conflitos dela decorrentes.
A estrutura fundiária de um país refere-se a forma como os estabelecimentos rurais estão organizados em relação ao número e tamanho das propriedades, sua função social e sua distribuição.
A concentração de terras no Brasil, que teve origem desde a formação das capitanias hereditárias, é um dos aspectos da herança colonial do país. A partir da década de 1950, os camponeses começaram a se organizar em movimentos de luta pelo acesso à terra. Com o agravamento dos problemas sociais no campo, tais movimentos tornara-se mais fortes e mais bem estruturados. Na década de 1980, os movimentos sociais no campo ganharam nova força com a criação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Por outro lado, os grandes proprietários (latifundiários) criaram a União Democrática Ruralista (UDR), entidade que liderou a luta contra a reforma agrária no país.
Reforma agrária consiste em um conjunto de medidas e ações governamentais que tem como objetivo promover a redistribuição das propriedades rurais e criação mecanismos (como financiamentos e apoio técnico) que possibilitem que a terra cumpra com sua função social, ou seja, a geração de fonte de produção de alimentos, trabalho e renda, proporcionando ao trabalhador rural uma vida digna, integrando-os assim ao processo produtivo nacional. As terras destinadas á reforma agrária são aquelas que não cumprem com sua função social, ou seja, que pouco ou nada produzem, ficando ociosas à espera de valorização.
A reforma agrária é um processo conflituoso e que, no Brasil, está longe de ser concluído, ainda gerando frequentes enfrentamentos, cada vez mais intensos, entre os latifundiários e os movimentos sociais que lutam pelo acesso a terra. De um lado, como forma de pressão para o governo implantar a reforma agrária, o MST e outras organizações ligadas à questão agrária utilizam como estratégia a invasão e ocupação de latifúndios. Do outro lado, os latifundiários utilizam-se da violência como forma de repressão aos movimentos sociais no campo, além da apropriação de maneira ilegal de terras, através da falsificação de títulos de propriedade (grilagem). A luta pela reforma agrária no Brasil já causou e continua causando muitas mortes no campo. Para muitos especialistas, a reforma agrária, acompanhada de ajuda técnica e financiamentos seria fundamental para fixar o trabalhador no campo e aumentar a produção de alimentos para o abastecimento do mercado interno, além de resgatar a dignidade de milhões de trabalhadores que buscam melhores condições de vida.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Brasil Domínios Morfoclimáticos


Amazônico

   Dentre os diversos tipos de clima e relevo existente no Brasil, observamos que os mesmos mantêm grandes relações, sejam elas de espaço, de vegetação, de solo entre outros. Caracterizando vários ambientes a longo de todo território nacional. Para entende-los, é necessário distinguir um dos outros. Pois a sua compreensão deve ser feita isoladamente. Nesse sentido, o geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber, faz uma classificação desses ambientes chamados de Domínios Morfoclimáticos. Este nome, morfoclimático, é devido às características morfológicas e climáticas encontradas nos diferentes domínios, que são 6 (seis) ao todo e mais as faixas de transição. Em cada um desses sistemas, são encontrados aspectos, histórias, culturas e economias divergentes, desenvolvendo singulares condições, como de conservação do ambiente natural e processos erosivos provocados pela ação antrópica. Nesse sentido, este texto vem explicar e exemplificar cada domínio morfoclimático, demonstrando sua localização, área, povoamento, condições bio-hidro-climáticas, preservação ambiental e economia local.Situado ao norte brasileiro, o domínio Amazônico é a maior região morfoclimática do Brasil, com uma área de aproximadamente 5 milhões km² – equivalente a 60% do território nacional – abrangendo os Estados: Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso. Encontram-se como principais cidades desta região: Manaus, Belém, Rio Branco, Macapá e Santarém.Este domínio sofre grande influência fluvial, já que aí se encontra a maior bacia hidrográfica do mundo – a bacia amazônica. A região passa por dois tipos de estações flúvio-climáticas, a estação das cheias dos rios e a estação da seca, porém esta última estação não interrompe o processo pluviométrico diário, só que em índices diferentes. O transporte existente também é influenciado pela enorme rede hidrográfica, enquanto que o rodoviário é quase inexistente. Assim, o transporte fluvial e o aéreo são muito utilizados devido às facilidades encontradas neste domínio. Como se trata de uma floresta equatorial considerada um bioma riquíssimo, é de fundamental importância entendê-la para não desestruturar seu frágil equilíbrio. Devido à existência de inúmeros rios, a região sofre muita sedimentação por parte fluvial, já que a precipitação é abundante (2.500 mm/ano), transformando a região numa grande “esponja” que detém altas taxas de umidade no solo. Este mesmo solo é formado basicamente por latossolos, podzólicos e plintossolos, mas o mesmo não detém características de ser rico à vegetação existente, na verdade, o processo de precipitação é o que torna este domínio morfoclimático riquíssimo em floresta hidrófita e não o solo, como muitas pessoas pensam que é o responsável por tudo isto. Valendo destacar os tipos de matas encontradas na Amazônia, como: de iaipó – de regiões inundadas; de várzea – de regiões inundadas ciclicamente e de terras altas – que dificilmente são inundadas. As espécies de árvores encontradas nesta região são: castanaha-do-pará, seringueira, carnaúba, mogno, etc. (essas duas últimas em extinção); os animais: peixe-boi, boto-cor-de-rosa, onça-pintada; e a flora com a vitória régia e as diversas orquídeas.Com um grande processo de lixiviação encontrado na Amazônia, essa ação torna o solo pobre levando todos os seus nutrientes pela força da capacidade do rio (correnteza). Mas esta riqueza diversa não deve ser confundida como grande potencialidade agrícola, pois com a retirada da vegetação nativa, transforma o solo num grande alvo da erosão, devido as fortes chuvas ocorridas na região. A rede hidrográfica é outra fonte de potencialidade econômica da Amazônia, pois seus leitos fluviais são de grande piscosidade, o que torna a área num importante atrativo natural para o turismo, às indústrias pesqueiras e a população ribeirinha. Com um clima equatorial, sem muitas mudanças de temperatura ao longo do ano, a região amazônica diferencia-se apenas nas épocas das chuvas (ou cheias dos rios) e das secas. Assim esta primeira época faz com que os rios transbordem e nutram as áreas de terras marginais ao leito dos mesmos. Com um solo essencialmente argiloso e a forte influência do escoamento fluvial, faz com que a Amazônia torna-se uma área de terras baixas, decapitando as formações existentes no seu substrato rochosos.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pradarias

   Uma pradaria ou relvado é uma planície vasta e aberta onde não há sinal de árvores nem arbustros, com capim baixo em abundância. Estão localizadas em praticamente todos os continentes , com maior ocorrência na América do Norte. A pradaria brasileira é o pampa gaúcho.São regiões muito amplas e oferecem pastagens naturais para animais de pastoreio e as principais espécies agrícolas alimentares foram obtidas das gramíneas naturais através de seleção artificial. Ocorre em regiões onde a queda pluviométrica é muito baixa para suportar a forma de vida da floresta ou em regiões de floresta onde as questões edaficas favoreçam o desenvolvimento de gramíneas e desfavoreça o de plantas lenhosas. O solo geralmente é cheio de túneis e tocas de animais. As pradarias são também encontradas ao lado de desertos. O clima varia bastante: as pradarias tropicais são quentes durante o ano, mas as pradarias temperadas têm estações quentes e frias.Formam extensas áreas de paisagens naturais, muito utilizadas por muitos países para o desenvolvimento da atividade pecuária.Na América do Sul , as pradarias, localizadas na Argentina, Uruguai e no estado do Rio Grande do Norte (no Brasil), também são chamadas de pampas.Predominam gramíneas; alguns arbustos e flores mas quase nenhuma árvore.Um exemplo típico de pradaria encontra-se no estado do Dakota do Sul, nos Estados Unidos da América. Esta área é protegida, e está englobada no Parque Nacional Bandlands. Não existe muito mais vegetação porque esta pradaria fica nas encostas rochosas. Alguns dos animais mais conhecidos que habitam as pradarias são os cães-da-pradaria, tigres, leões, jaguares, elefantes, crocodilos ,rinoceronte , pica paus, perdizes, pombos, veados-mula, antilocapras, avestruzes e cavalos. Os cães–da–pradaria estão geralmente protegidos nos parques em que habitam, mas há relatos de que os rancheiros os matam porque estes escavam buracos nos pastos.

Araucárias

   A araucária  [Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze 1898] é a espécie arbórea dominante da floresta ombrófila mista , ocorrendo majoritariamente na região sul do Brasil , bem como no leste e sul do estado de São Paulo, extremo sul do estado de Minas Gerais, e em pequenos trechos da Argentina e Paraguai, sendo conhecida por muitos nomes populares, entre eles pinheiro-brasileiro e pinheiro-do-paraná; é também chamada pelo nome de origem indígena, curi. A espécie foi inicialmente descrita como Columbea angustifolia Bertol. 1819.Sua origem remonta a mais de 200 milhões de anos atrás, quando sua população se disseminava pelo Nordeste brasileiro Conífera Dióica, Perenifólia, Heliófita, pode atingir alturas de 50m, com um diâmetro de tronco à altura do peito de 2,5 m. Sua forma é única na paisagem brasileira, parecendo uma taça ou umbela. Ocupando uma área original de 200 mil km², a partir do século XIX foi intensamente explorada por seu alto valor econômico, dando madeira utilíssima e sementes nutritivas, e hoje seu território está reduzido a uma fração mínima, o que segundo a União Internacional para a concervação da Natureza e dosw Recursos Naturais (IUCN) coloca a araucária em Perigo Crítico de Extinção.A araucária, apesar de popular, não é conhecida completamente pela ciência. Diversos estudos vêm sendo feitos recentemente para entendermos melhor a ecologia e biologia desta árvore; também são necessários para orientar as urgentes medidas de proteção que ainda precisam ser tomadas para assegurar a sobrevivência desta espécie sensível e altamente especializada em um ambiente que rapidamente vai sendo invadido e destruído pelo homem, mas ainda persistem muitas incertezas e contradições em vários aspectos. Esse conhecimento imperfeito da matéria, que confunde até a conceituação e aplicação das leis ambientais que deviam protegê-la e ainda não conseguem fazê-lo - veja-se o recuo continuado das áreas onde sobrevive - mais as variadas exigências que a planta impõe no cultivo planejado para que possa render bem, desanimam muitos reflorestamento, que preferem espécies mais bem conhecidas, de crescimento mais rápido e que não demandem tantos cuidados. Entretanto, os estudiosos são unânimes em declarar a necessidade de sua salvação, tanto por sua importância econômica e ecológica como paisagística e cultural. Tornou-se, não por acaso, símbolo do estado do Paraná, deu o nome a Curitiba, e aparece nos brasões das cidades de Araucária, Ponta Grossa, Caçador, Campos do Jordão ,São Carlos, Apiaí, Taboão da Serra e Itapecerica da Serra.

Mares de Morros

   Mar de morros é uma denominação criada pelo geográfico francês Pierre Deffontaines e consagrada pelo geógrafo brasileiro Aziz Ab'Saber, que se utilizou dessa expressão para designar o relevo das colinas dissecadas do Planalto Atlântico (Serra Geral).Esse domínio acompanha a faixa litorânea do Brasil desde oNordeste até o Sul do País. Caracteriza-se pelo relevo com topografiaem "meia-laranja", mamelonares ou mares de morros,formados pela intensa ação erosiva na estrutura cristalina das Serrasdo Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço.Apresenta predominantemente clima tropical quente e úmido,caracterizado pela floresta latifoliada tropical, que, na encosta daSerra do Mar, é conhecida como Mata Atlântica.Essa paisagem sofreu grande degradação em conseqüência daforte ocupação humana.Além do desmatamento, esse domínio sofre intenso processoerosivo (relevo acidentado e clima úmido), com deslizamentos freqüentes eformação de voçorocas.Este domínio estende-se do sul do Brasil até o Estado da Paraíba (no nordeste), obtendo uma área total de aproximadamente 1.000.000 km². Situado mais exatamente no litoral dos Estados do: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, da Bahia, Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba; e no interior dos Estados, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Incluindo em sua extensão territorial cidades importantes, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife, Porto Alegre e Florianópolis.Vegetação: originariamente recoberto pela floresta latifoliada tropical (Mata Atlântica), hoje quase extinta. Espécies: pau-brasil, pau-rosa, cedro, peroba, ipê, jacarandá.Clima: corresponde às areas de clima tropical mais úmido, devido à proximidade com o litoral. O clima quente e úmido, que os mares de morros possui faz com que esse domínio seja o mais problemático para as construções humanas, com chuvas abundantes, e relevo acidentado do tipo “meias laranjas’ ou “mares de morros”, a conjugação desses dois fatos faz com que haja grande ocorrência de erosão nas áreas desmatadas próximas as encostas, o que origina deslizamento ou desmoronamento em rodovias habitações, habitações construidas em áreas de risco.

Caatinga

    Caatinga (do tupi: caa (mata) + tinga (branca) = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre da paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. A caatinga ocupa uma área de cerca de 850.000 km², cerca de 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia (região Nodeste do Brasil) e parte do norte de Minas Gerais ( região Sudeste do Brasil).Ocupando cerca de 850 mil km² (aproximadamente 10% do território nacional), é o mais fragilizado dos biomas brasileiros. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem com que a caatinga esteja bastante degradada. Entretanto, pesquisas recentes vem revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos característicos. A vegetação da caatinga é adaptada às condições de aridez (xerófila). Foram registradas até o momento cerca de 1000 espécies, estimando-se que haja um total de 2000 a 3000 plantas.O Seminário de Planejamento Ecorregional da Caatinga, realizado pela The Nature Conservancy do Brasil em parceria com a Associação Plantas do Nordeste em 2000 propõe oito ecorregiões no bioma Caatinga.

  • Complexo do Campo Maior: localizado quase integralmente no Piauí e sudoeste do Maranhão. Consiste nas regiões que sofrem inundações periódicas nas planícies sedimentares.
  • Complexo do Ibiapaba-Araripe, composto pelas Chapadas da Ibiapaba e do Araripe.
  • Depressão Sertaneja Setentrional, desde a fronteira norte de Pernambuco, estende-se pela maior parte dos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará e prolonga-se até uma pequena faixa ao norte do Piauí. A principal característica desta ecorregião são as chuvas irregulares ao longo do ano. É a área mais seca da caatinga.
  • Planalto de Borborema: abrange partes do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O relevo movimentado e altitudes superiores delimitam a região.
  • Depressão Sertaneja Meridional: corresponde à maior parte do bioma. Representa a paisagem típica do sertão nordestino. Distingue-se da Depressão Sertaneja Setentrional por apresentar maior regularidade de chuvas e maior ocorrência de corpos de água temporários.
  • Dunas do São Francisco: localiza-se no centro-oeste do bioma. É caracterizado pelas dunas de areias quartzosas.
  • Complexo da Chapada Diamantina: localiza-se no centro-sul do bioma e corresponde à parte mais alta da caatinga. É a região de menor temperatura. Apresenta ilhas de campos rupestres nas partes mais altas, cercadas de caatinga nas regiões mais baixas.
  • Raso da Catarina: localiza-se no centro-leste do bioma. Caracteriza-se pela caatinga arbustiva de areia muito densa.

Cerrado


      As "savanas brasileiras", o Cerrado e a Caatinga  — são uma forma de vegetação que tem diversas variações fisionômicas ao longo das grandes áreas que ocupam do território do país. É uma área zonal, como as savanas da África, e corresponde grosso modo ao Planalto Central.O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, estendendo-se por uma área de 2.045.064 km² , abrangendo oito estados do Brasil Central: Minas Gerais, Goiáis, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e o Distrito Federal. O clima predominante no Cerrado é o Tropical Sazonal, de inverno seco. A temperatura média anual é de 25°C, podendo chegar a marcações de até 40°C na primavera. As mínimas registradas podem chegar a valores próximos de 10°C ou até menos, nos meses de maio, junho e julho.A precipitação média anual fica entre 1 200 e 1 800 mm, sendo os meses de março e outubro os mais chuvosos. Curtos períodos de seca, chamados de veranicos, podem ocorrer no meio da primavera e do verão. No período de maio a setembro os índices pluviométricos mensais reduzem-se bastante, podendo chegar a zero.

Outros ecossistemas: Campo Sujo, Campo Cerrado, Campo Rupestre, Mata Seca ou Mata Mesofítica e Parque Cerrado.

Outra formação é constituída por aflorações e rochas calcárias, com fendas, grutas e cavernas em diferentes tamanhos. Por cima das rochas há uma vegetação silvestre. Possui campos e vales com vegetação bem característica e há ainda uma floresta-galeria rodeando riachos e lagoas.
Os solos apresentam-se intemperizados, devido à alta lixiviação e possuem baixa fertilidade natural. Apresenta pH ácido, variando de 4,3 a 6,2. Possui elevado conteúdo de alumínio, baixa disponibilidade de nutrientes, como fósforo, cálcio, magnésio, potássio, matéria orgânica, zinco, argila, compondo-se de caulinita, goethita e gibbisita. O solo é bem drenado, profundo e com camadas de húmus
Há estruturas do solo bem degradadas, devido às atividades agrícolas e pastagens, inclusive o chamado reflorestamento com Eucalyptus na década de 1960. A recuperação é muito difícil, principalmente nos cerradões, devido às características do solo e ao regime de chuvas. Pode ser tentada a revegetação associado com plantio de milho, feijãp, café, freijó, maniçoba, buritiou dendê, no sistema de agrofloresta.